17.12.08
Imprensa Piracicabana não dá notícia sobre a multa de Barjas (obs:não irei me calar)
"Diz o inciso IV do artigo 5º da Constituição: "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato." É um direito fundamental individual, básico em qualquer regime democrático." "Diz ainda o artigo 220 da Constituição, no capítulo sobre a "Comunicação Social": "A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição."
Se alguém da prefeitura não gostou do meu artigo que use o direito de resposta ou publique um outro artigo rebatendo minhas idéias. Ora, até a secretaria da educação do estado de São Paulo respondeu um outro artigo meu no próprio jornal!. Esse tipo de atitude que a prefeitura quis tomar é autoritário e demonstra que opiniões divergentes dos próprios cidadãos, como eu, que questionem a atual administração não podem ser publicadas. Só querem elogios e "baba-ovos" na seção de cartas de leitores. No Jornal de Piracicaba, quando leitores reclamam da prefeitura, já quase no outro dia tem algum secretário rebatendo as críticas para dizer que não há nada de errado na cidade e que tudo está perfeito, mas ainda ai é melhor do que processar alguém por ter opinião diferente.
Minha indignação aumenta ao ver que boa parte da imprensa aqui da cidade é barjista e muitas vezes não publica nada sobre o prefeito. Um exemplo disso é a reportagem que eu vi em um jornal televisivo à noite sobre uma ação da AGU (Advocacia-Geral da União) para recuperar cerca de R$ 200 milhões desviados por corrupção. Os reponsáveis por essa corrupção são vários políticos e altos servidores públicos e dentre os quais a reportagem destacou ninguém menos que o prefeito de Piracicaba Barjas Negri. O prefeito, segundo a AGU, junto com mais 10 acusados serão multados em mais de R$ 300 mil por desvio de pouco mais de R$ 165 mil em um convênio feito com uma Associação Beneficente Cristã (ABC) quando Barjas era ministro da saúde. Essa reportagem eu vi essa semana e foi veiculada em cadeia nacional, mas parece que por aqui algumas redações não assistem telejornais ou têm memórias seletivas para assuntos envolvendo o prefeito. Esse convênio foi investigado durante a operação da policia federal chamada Operação Sanguessuga. Alguém lembra? Aqui em Piracicaba acho que não, pois quando a IstoÉ saiu trazendo a reportagem sobre os empresários Vedoin que relatavam a suposta relação de Barjas com esquemas de liberação de emendas e ligação com o empresário (já falecido) Abel Pereira, a revista, que é publicada nacionalmente, surpreendetemente sumiu das bancas da cidade com exceção de apenas uma que tinha alguns poucos exemplares, mas o resto não tinha. Até hoje essa edição da IstoÉ é peça rara aqui na cidade. Abaixo está o link dde uma das reportagens da revista:
http://www.terra.com.br/istoe/1932/brasil/1932_abel_nao_se_explica.htm
Agora, porque essa notícia sobre a multa do prefeito ainda não ganhou sequer uma linha dos jornais da cidade? Não há interesse público na matéria?
Quem quiser ler a reportagem sobre isso está nesse endereço:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2008/12/08/agu_quer_recuperar_cerca_de_200_milhoes_desviados_por_corrupcao-586891429.asp
Se alguém quiser me processar pelo que eu escrevi aqui, então sugiro que entre com ação primeiro contra a revista IstoÉ e as organizações Globo. Aliás, a reportagem da Globo procurou o prefeito e este não foi encontrado e a mídia local parece não querer que a população piracicabana saiba disso.
Não entendo essa intenção da prefeitura em querer me calar, pois o prefeito foi reeleito com mais de 80% dos votos válidos, sua popularidade é alta, têm uma imprensa pouco questionadora e bastante bajuladora, têm a Câmara de Vereadores quase inteira (exceção de 1 vereador apenas) do seu lado e ainda quer que ninguém se manifeste contrariamente suas ações ou que as questione? O que um artigo simples de um cidadão mal empregado, mal pago e sem vínculos políticos, como eu, pode causar? Será que tentarão impor a ditadura do pensamento único, onde se você não aderir ao barjismo você será excluído? Espero que não.
A consolidação da democracia ainda engatinha aqui no Brasil e muitos acham que temas como liberdade de expressão são suprimidos apenas nos rincões do país, mas aqui no estado mais desenvolvido também acontece isso. Meu colega de blog Paulo Corrêa (http://www.pautalivri.blogger.com.br/) está sendo processado pelo prefeito de Limeira e isso caracteriza cada vez mais uma tentativa dos poderosos em calar a verdadeira opinião pública. Hoje até as propostas curriculares das escolas estaduais orientam os professores a estimular o pensamento crítico dos alunos, mas parece que aqui no interior do estado, isso só pode se não entrar na política local.
PS: Agradeço à todos aqueles que me apoiaram a ficar firme nessa tentativa de intimidação da prefeitura contra mim. Agradeço também aos frequentadores dos outros blogs que se manifestaram aqui e também os blogueiros que me responderam e se colocaram a disposição de ajudar caso houvesse a ação, como o Renato Rovai da revista Fórum, Eduardo Guimarães do blog Cidadania, Paulo Corrêa e Humberto Capellari. Obrigado à todos.◦
19.11.08
Em Piracicaba, o Barjismo domina
A prefeitura se gaba de suas obras (que aqui não são eleitoreiras), mas segue um modelo de urbanização que está levando as cidades brasileiras ao colapso. Aqui, casas populares são construídas em lugares muito distantes, bairros públicos conseguem virar condomínios fechados, grandes empreendimentos de luxo são prontamente atendidos com obras de melhorias nos seus entornos e ainda garantem mais lucros conseguindo trocas de áreas institucionais por outros terrenos e construção de ponte. Melhoria da saúde, transporte público e saneamento básico podem sempre ficar para o ano que vem, pois todo mundo têm plano de saúde particular, carro e não dá a mínima para onde vai o lixo desde que não fique na porta da sua casa.
Outro dado ruim é o baixo índice de renovação dos vereadores, pois é um absurdo um candidato ficar se reelegendo durante anos e faz disso apenas uma carreira profissional. Há certos candidatos que ocupavam cargos administrativos na prefeitura que passaram 4 anos fazendo propaganda deles mesmos e conseguiram uma vaga para "fiscalizar" a administração municipal da qual fez parte.
O único trabalho que o prefeito terá de fazer agora é garantir as "trocas de favores" daqueles que o apoiaram e que foram eleitos. É a típica barganha da política brasileira, que embora alguns achem que aqui é diferente, mas não é. Caminhamos para um reinado tucano e direitista de mais oito anos pelo menos, onde a corrupção (outra coisa que muitos acham que não existe aqui) poderá intensificar-se e ficará oculta, pois com essa Câmara Barjista, ausência de oposição e a maior parte da imprensa chapa-branca nada chegará aos nossos olhos e ouvidos.
Obs: Esse artigo foi publicado no jornal A Tribuna de Piracicaba e está disponível também nesse endereço: http://www.tribunatp.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=329◦
Em Piracicaba, o Barjismo domina
3.9.08
Dia do Biólogo
OBS: Esse texto foi publicado no jornal A Tribuna - Piracicaba e está disponível no site:
http://www.tribunatp.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=207◦
Dia do Biólogo
25.8.08
Mais uma ponte desnecessária em Piracicaba
O pior é que essa obra consumirá do dinheiro dos contribuintes piracicabanos quase meio milhão de reais, ou exatos R$ 458.843,27 como diz a placa de mais uma "obra social". Aqui até instalação de poste em ruas desabitadas têm placas como "obra social". As datas de início e término da obra também foram bem pensadas, pois compreende exatamente o período eleitoral. Barjas se reelegerá no 1º turno e pra iniciar a segunda fase de sua administração já irá inaugurar mais uma ponte para satisfazer os olhos dos barjistas. Como não há oposição, pois essa aderiu ao barjismo, a câmara de vereadores piracicabana não segue o seu propósito de fiscalizar o prefeito e sua administração. A câmara é mais uma casa de barganhas onde o apoio dado ao prefeito é para atender interesses privados e partidários, mas não públicos.
Como sou teimoso e ainda pensando do porquê dessa "magnífica" ponte, eu percebi que do lado esquerdo da avenida e bem próximo a nova ponte está sendo anunciado a construção de um clube e condomínio, que está nessa foto acima. Será que é mais uma ponte para atender os anseios de mais uma minoria? Será que é pra ter acesso direto à avenida Vollet Sachs sem ter que pegar a rotatória que quase sempre está congestionada? Digo isso, pois há um outro condomínio de luxo que será construído na estrada do bongue, onde a prefeitura prontamente atendeu aos pedidos dos empresários responsáveis pelo empreendimento, duplicando a estrada. E através de um projeto de lei votado e aprovado pelos vereadores (vendidos), a prefeitura cederá um terreno, que por lei seria municipal, em troca de uma ponte no local. A ponte será no meio de outras duas também, mas que ficam um pouco mais distantes e será orçada em 2 milhões de reais. Já os terrenos que a prefeitura cedeu "gentilmente" em troca dessa ponte, vão valer muito mais que isso. Alguns especulam que o valor chegue a 9 milhões de reais. Se isso for verdade o grupo empresarial lucrará com essa "boa vontade" da prefeitura no mínimo 7 milhões. O secretário da prefeitura alegou que a ponte vai beneficiar o trânsito e a população local, mas quem conhece sabe que ali o trânsito é muito menos intenso que outros locais da cidade. A verdade é que a prefeitura duplicou a estrada do bongue para satisfazer o conforto dos novos moradores do condomínio e a nova ponte também é para eles não terem o "trabalho" de andar alguns metros a mais e pegar as pontes já construídas. Agora têm mais essa ponte sendo construída com dinheiro público bem do lado de outro condomínio que será erguido. Será coincidência?
Nessa foto, aparece o "carimbo" da campanha de Barjas Negri para sua reeleição do lado onde será a ponte. Será mais uma coincidência? A nova ponte, pelo visto, não têm uma explicação plausível e em vez de fazer essa que será para carros, a prefeitura deveria construir, ao longo desse trecho, mais pontes para pedestres, pois dessas têm poucas. Mais uma "obra social" inútil e cara.
◦Mais uma ponte desnecessária em Piracicaba
12.8.08
Minha Tréplica ao artigo da Secretaria de Educação
Tréplica do educador paulista
A política praticada do PSDB há 14 anos evidencia o descompromisso com a qualidadeA Secretaria da Educação do Estado de São Paulo respondeu o meu artigo publicado nesse jornal no dia 25 de julho de 2008. Aproveitando o embalo dos debates das eleições faço aqui a minha tréplica. O pessoal da secretaria vive em outro mundo e parece nunca ter pisado em uma sala de aula ao afirmar que não há precariedade nas escolas e baixos salários. Acho que qualquer professor do estado que leu isso deu risada.O que se constata em muitas escolas é a falta de laboratórios, pois os que têm estão praticamente sucateados; salas sem ventilador ou com os equipamentos quebrados; salas lotadas com 40 alunos ou mais; às vezes falta giz e apagador; muitos materiais e até xerox das provas é o professor quem paga, além de inúmeros outros problemas que qualquer pessoa que visite meia dúzia de escolas estaduais evidenciará. As escolas bem conservadas geralmente têm que fazer de tudo para arrecadar dinheiro com alunos, pais e comunidades, realizando rifas e festas, pois geralmente empregam esse dinheiro pra consertar banheiros ou pintar a própria escola. Isso a secretaria parece não enxergar e muito menos a secretária Maria Helena e o governador José Serra, que só pensa naquilo... as eleições de 2010. A violência não é só física, mas também é psicológica e moral e sintomas como depressão e estresse atingem 46% dos educadores. Baixos salários não existem? A secretaria quer iludir os leitores dizendo que o salário médio do professor é de “R$ 1.840, o sétimo melhor do país”. Mesmo se fosse esse salário não é suficiente e ser o sétimo melhor do país sendo o estado que mais arrecada imposto e mais rico, não é motivo de orgulho. É só observar os holerites de qualquer professor com carga completa e verá que atinge pouco mais que R$ 1.500, pois ainda têm os descontos. O suposto aumento foi de apenas 5,41%, porque incorporou gratificação de R$ 80 que já era paga, ou seja, vai mudar de lugar no contracheque. Isso ainda que a inflação desde o último reajuste foi de 13,6%. Com isso é que se valoriza o professor? Com um salário desses alguém consegue viver em uma cidade como São Paulo, por exemplo? Com esse salário será que dá para pagar transporte, alimentação e materiais como livros específicos de cada área? E quem tem família?A política salarial praticada pelo PSDB há 14 anos evidencia o descompromisso com a qualidade do ensino e o desrespeito com aqueles que estão no dia-a-dia tentando, como podem, educar milhões de pessoas que serão o futuro do estado e do país.Sobre o 1º lugar de 5ª a 8ª séries no Ideb (Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica), o que a secretaria deixou de explicar é que as notas do Brasil todo aumentaram, mas mesmo assim as notas são baixas. Segundo esse indicador, o estado paulista está junto com o catarinense com nota de 4,3 e houve uma melhora de apenas 0,1 ponto nessas séries. Já no ensino médio, São Paulo é o 6º do ranking. Por que a secretaria não usou os seus próprios dados do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo)? Nesse índice aparece a real situação do estado, onde de 0 a 10 a média do ensino médio foi de 1,4. No ciclo de 1º a 4 ª séries, 55% não chegam a 3,23 e entre estabelecimentos de 5ª a 8ª, 50% estão abaixo de 2,54. Dados oficiais de 2007 ainda mostram que 71% dos alunos que concluem o ensino médio têm dificuldades até para lidar com conceitos elementares, como subtração. O governo estadual coloca esses dados como culpa dos professores, mas se esquece do seu papel fundamental que é dar condições decentes de trabalho e remuneração digna.Acho que as “três mil propostas” enviadas por professores não deram muito certo, isso ainda que a rede conte com mais de 200 mil docentes. As propostas curriculares foram muito criticadas e contém inúmeros erros. Por exemplo, no caso da Biologia, a genética não está na grade curricular do 3º ano do ensino médio e foi transferida para o 2º ano. Outro exemplo é a grade de Ciências do ensino fundamental que foi toda misturada, fazendo com que matérias de séries anteriores tenham que ser dadas novamente. Não só os docentes reclamaram, mas também alunos que acharam absurdo aprender o que já foi aprendido. O tempo para aplicar as atividades propostas no caderno do professor é insuficiente, além de essas atividades estarem fora da realidade escolar. Portanto, a secretaria deveria ouvir mais as críticas para tentar melhorar essas novas propostas e parar de tapar o sol com a peneira com relação aos salários.
Obs: Esse texto está no site do jornal: http://www.tribunatp.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=167◦
Minha Tréplica ao artigo da Secretaria de Educação
Secretaria Estadual de Educação de SP responde meu artigo
"Esclarecimento da Secretaria de Estado da Educação"
" A Guia Curricular assegura que o conhecimento seja passado ao alunoA respeito de artigo publicado na sexta-feira, 25 de julho, "A situação dos professores estaduais paulistas", a Secretaria de Estado da Educação esclarece que, diferentemente do afirmado, não há situação de “precariedade da maioria das escolas” tampouco “baixos salários”. A Secretaria não “começou mal” lançando as propostas curriculares. A Guia Curricular assegura que o conhecimento seja passado ao aluno com continuidade. Veio ao encontro de anseios dos próprios educadores que, devido ao absenteísmo de professores em algumas escolas, viam o conteúdo programático prejudicado. O projeto não foi “mal elaborado” e diferentemente do afirmado contou, sim, com a participação de professores. A Secretaria recebeu mais de três mil propostas de professores, muitas delas incorporadas no projeto. Não há “atestado de incompetência”. Há preocupação com a continuidade do conteúdo. Outro erro: São Paulo está entre os líderes no ranking nacional de aprendizado. Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2007, produzido pelo governo federal, São Paulo está em 1º lugar (5ª a 8ª série) entre as redes estaduais brasileiras.Não é verdade que São Paulo pague um dos piores salários do Brasil. Muito longe disso. Segundo estudo do Ministério da Educação, o professor da rede estadual paulista tem salário médio de R$ 1840, o sétimo melhor do país. Vale lembrar que este resultado é obtido de maneira diferente de alguns Estados que estão à frente de São Paulo, que ainda recebem auxílio do governo federal para este fim ou têm uma folha de aposentados extremamente menor que a paulista. O governo do Estado investe R$ 13,8 bilhões na Educação, com 80% deste gasto na folha de pagamento. O Governo do Estado definiu reajuste de até 12,2% no salário-base dos profissionais da rede estadual de Educação, a ser pago já em agosto. Diferentemente do afirmado, o aumento definido é para servidores da ativa e também para aposentados. Nunca a Secretaria de Estado da Educação mentiu sobre salários. O aumento é, sim, de até 12% do salário-base, já que houve aumento de 5% em cima da incorporação de gratificação. A incorporação é pedido dos próprios professores e é prova da valorização do professor, porque todos os aumentos que virão incidirão sobre o salário base. A “ilusão” do bônus, como diz o autor do texto, não existe. A Secretaria acredita na política de valorização do professor. A incorporação da gratificação beneficia ainda os aposentados. Esta pasta tem trabalhado pensando nos dois grupos: professores da ativa e aposentados.Não há situação de violência generalizada nas escolas. Os números caem ano a ano, e os casos são pontuais. Sobre as críticas sobre aprovação em concurso longe de casa, é justamente por isso que o decreto 53.037 prevê a regionalização dos concursos. Os professores vão poder prestar para a região em que querem trabalhar. Sobre as afirmações a favor da paralisação, a pasta acredita que, embora legítimas e de direito do trabalhador, a interrupção da jornada de trabalho dos professores acaba gerando enorme prejuízo aos alunos e, portanto, a pasta defende a importância de negociação constante com os sindicatos da categoria como uma ferramenta democrática mais eficiente.Este texto da Secretaria de Estado da Educação é em resposta ao artigo ‘A situação dos professores estaduais paulistas’, de José Humberto Venturini, professor de Biologia na rede de ensino, publicado na sexta-feira, 25, em A Tribuna Piracicabana."
Quem quiser ver está no site: http://www.tribunatp.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=146◦
Secretaria Estadual de Educação de SP responde meu artigo
24.7.08
A Situação dos Professores Estaduais Paulistas
O decreto mais polêmico foi sobre as transferências de professores de escolas de diferentes municípios, pois altera dispositivo anterior fazendo com que o professor recém-concursado passe por um "estagio probatório" de 3 anos para depois poder pedir a transferência de escola e/ou cidade. O governo tentou justificar que fez isso visando "melhorar" o ensino, mas se "esquece" da precariedade da maioria das escolas e dos baixos salários. No início do ano a Secretaria de Educação já começou mal lançando as propostas curriculares e suas apostilas para serem seguidas pelos docentes. Um projeto muito mal elaborado que não contou com a participação dos professores e gerou discórdia entre boa parte desses com alguns diretores e supervisores de ensino. Essas apostilas possuem uma grade curricular uniforme e os cadernos mostram como cada matéria e cada aula devem ser ministradas pelos educadores. Com isso, brindava-se a todos com um atestado de incompetência. Uma das maiores reclamações é sobre os inúmeros erros contidos nessas apostilas e a mudança radical na grade curricular de algumas matérias. Tudo isso ocorreu depois da divulgação dos índices educacionais do país, que colocaram o estado de São Paulo entre os piores do Brasil. Com esses novos métodos aliados à aprovação continuada, o governo Serra mostra-se preocupado apenas em melhorar as estatísticas e não a qualidade de ensino. Faz isso, porque certamente pretenderia usá-las em 2010 na sua eventual campanha a Presidente da República.Na questão salarial, a situação dos profissionais da educação é ainda mais vergonhoso, pois São Paulo é o estado mais rico da federação e paga, por exemplo, salários mais baixos que os do estado do Acre, que, por sua vez, também não é nenhuma maravilha. Um professor efetivo PEB II (dá aulas no ensino fundamental, médio e supletivo) recebe em média um salário de R$ 1.500,00 para ministrar cerca de 30 aulas semanais. O salário seria um pouquinho maior que isso se os descontos não fossem tantos. No Acre, esse salário gira em torno de R$ 1.700,00 para a mesma carga horária de aulas.
Esse mísero salário obriga muitos a darem aulas em instituições privadas, isso quando conseguem, a terem outro emprego ou fazerem "bicos". Com isso a carga horária de trabalho em um dia ultrapassa em muito as 8 horas, chegando ás vezes até a mais de 12 horas. Fora as inúmeras tarefas de todo professor, como preparar aulas e corrigir centenas de provas, o que, na maioria das vezes, ocupa também do o final de semana, com enormes prejuízos para a vida pessoal e familiar. Mais: a situação precária das escolas e a violência psicológica, moral e física de alguns alunos contra os professores levam muitos a desistirem da profissão. Aliás, os casos de agressão física estão crescendo cada vez mais nas escolas do estado. Descrevo isso, pois muitos acham que ser professor não é profissão.
Com tudo isso o governo acredita e quer que o professor, com um salário desses, sobreviva e dê tudo de si. Que dê aula em cidades em que não conhece ninguém, distantes, que o obriga a gastar metade do salário com moradia e/ou transporte. Isso já está acontecendo, havendo casos inclusive de professores que acabaram de entrar na rede de ensino, residentes em outras cidades, que tiveram que escolher escolas de Piracicaba e têm que pagar hotel e depois transporte para ficar com a família no final de semana. Na cidade de São Paulo a situação é ainda mais complicada, pois o custo de vida é muito elevado e o professor que não é de lá e ainda acaba tendo que escolher as escolas da periferia da cidade não sobrevive com um salário desses! Serra e sua Secretária de Educação não ligam pra isso e ainda contam com o apoio total da grande imprensa da elite paulistana. Por quê? Primeiro, porque a imprensa não critica governos tucanos, no máximo faz críticas superficiais e brandas, pois parecem pretender eleger Serra à Presidência em 2010, por isso evitam dar muitas notícias negativas do seu governo. No caso da greve dos educadores o comportamento da imprensa paulista, em especial a Folha de S. Paulo, foi de total apoio aos decretos governamentais e ataque às manifestações e aos professores, pois a ênfase das manchetes era o trânsito e não as reivindicações. E ainda havia os editoriais raivosos pedindo "atitude" e "firmeza" das autoridades contra os protestos dos professores. Segundo, porque os filhos e netos dessa elite, em que se incluem os barões da mídia e os políticos, não estudam em escola pública, mas, sim, em escolas privadas elitizadas, para depois possivelmente ingressarem nas excelentes universidades públicas. A cota para os filhos destes existe e é de 100% e essa ninguém contesta. Fazem o ensino básico em escolas particulares cujas mensalidades chegam quase ao valor do salário de um professor estadual. Essas instituições de ensino se transformaram em corporações poderosas, cujos donos, milionários, têm influência direta nos círculos do poder. Com isso, acho difícil haver interesse dos governantes, assim subservientes aos donos do capital econômico-financeiro e cultural, em investir pesado na educação que beneficiaria a maioria esmagadora da população.
O estado de São Paulo é governado há 14 anos pelo mesmo partido: o PSDB. Em segurança e educação, que é atribuição quase total do governo estadual, o que ocorreu nesses anos foi o sucateamento das escolas e a política de baixos salários para os funcionários públicos dessas duas áreas essenciais para o bem-estar da população. Não só os professores têm um salário baixo, mas, também, os policiais, entre outros servidores públicos, sofrem com essa desvalorização e salários igualmente indignos.
Enfim, o governo Serra não retrocedeu nos decretos e concedeu um aumento (?) de apenas 5% no salário, o que representa R$ 0,35 (centavos) por hora/aula! Pior: a Secretaria de Educação emitiu nota e mentiu, pois disse que foi concedido um aumento de 12%, tendo considerado indevidamente neste aumento gratificações já existentes! Outra medida que os tucanos praticam faz tempo é a ilusão do bônus, que, em teoria, seria pago em dinheiro ao professor que falta menos. Só que, quando o docente se aposenta, esse bônus não entra na conta. A greve foi suspensa devido a uma atuação fraca do sindicato que no final insistiu apenas na negociação dos dias parados, voltando as demais reivindicações novamente à estaca zero.
Obs: Agradeço muito a colaboração valiosa do professor Valdemar Sguissardi que teve a paciência de corrigir o texto.
Obs II: Esse artigo foi publicado no jornal A Tribuna de Piracicaba e São Pedro no dia 25/07/2008◦
A Situação dos Professores Estaduais Paulistas
22.7.08
Assembléia dos Professores Estaduais - 04/07/2008
A manifestação iria seguir o rito das outras 3 anteriores, pois era para se concentrar no vão do Masp e depois seguir até a praça da República em passeata. Só que a pressão da imprensa paulista (em especial a Folha) e alguns comerciantes da região conseguiram que a prefeitura de São Paulo pedisse na justiça a proibição da passeata e foram prontamente atendidos. Com a justificativa de que a passeata prejudica o trânsito, a justiça ameaçou multar pesadamente o sindicato (Apeoesp) e qualquer grupo que tentasse fazer a passeata poderiam ser presos. Quando a van chegou em São Paulo passamos na avenida paulista e havia alguns manifestantes seguindo a pé nas calçadas até a praça da república com o acompanhamento de centenas de policiais como se fossem marginais. Será que vivemos em uma democracia mesmo?
Assembléia dos Professores Estaduais - 04/07/2008
6.5.08
Concurso Público da Esalq: Coincidências ou Carta Marcada?
Descobri isso pelo currículo disponibilizado na internet e que está nesse endereço:
http://bit.ly/rgapfY
Veja que o currículo é invejável e mostra que essa pessoa além de fazer pós-doutorado nesse departamento, fez mestrado e doutorado também lá. É muita coincidência!!
E não fica só por isso, pois a área de pesquisa dela é sistemática e taxonomia e experiência em coleta de diversas espécies vegetais. Incrivelmente a prova prática exigia saber:
- Coleta e preparação de espécimes para aulas práticas e para o herbário.
- Reconhecimento de estruturas morfológicas das plantas
Na prova foi fornecido algumas plantas já secas e era para fazer o procedimento de elaboração de um herbário. Quem fizesse o melhor, acertando os melhores lugares para prender a planta e não deixar desgrudar as fitas colantes, não errar os nomes e onde deveriam ser colocados ganharia mais pontos. Com um currículo desses e com tanta experiência nessa mesma área, acho que essa pessoa não iria mal nessa prova prática. Percebi que as folhas onde tinhamos que colar as plantas tinha as siglas "ESA". Coincidentemente no último item do currículo - "Outras informações relevantes" (bem relevantes nesse caso!) - aparece:
"Sub-curadoria do herbário ESA: 2006-2007 "
As plantas usadas eram desse herbário, o qual para essa pessoa dever ser bem familiar, apesar de serem milhares de espécies. Mas, será que na elaboração dessa prova, os organizadores que eram do laboratório esconderam dela e não a deixaram entrar no local da prova, sendo que ela trabalha lá? Acho que para preservar a ética e ser justo com todos os que fizeram a prova, eles realmente fizeram isso.
Com tanta coincidência, esperei para ver o resultado final e ver quem que iria começar o 1º semestre do ano ganhando 1.500 reais do governo com todos os benefícios do funcionalismo público. O resultado está nesse endereço do site da universidade:
http://www.esalq.usp.br/acom/newsd.php?id=785
Mais uma vez, com muita "coincidência", "sorte" e principalmete super "esforço" a pessoa que tirou a maior nota foi essa que eu acabei de citar e que trabalha no mesmo departamento da vaga. Acho que para não dar muito na cara, note que a nota dela não foi 10, mas 9,33. O que será que ela errou, com todo essa bagagem teórica e prática? Quem corrigiu as provas? No currículo dela diz que o pós-doutorado foi iniciado em 2006 e que tem bolsa Fapesp. Conforme informa o site da Fapesp o valor da bolsa pós-doc é de R$ 4.508,10 e tem duração, geralmente, de dois anos. Como o projeto começou em 2006, então agora em 2008 no máximo acaba o vínculo com a Fundação. Surpreendentemente agora em 2008 abriu apenas uma vaga para o mesmo departamento que essa pessoa fez tudo isso e que agora ganha um presentinho efetivando-se como técnico de laboratório.
É MUITA SORTE E COINCIDÊNCIA!
Eu e todos os outros que acreditaram, estudaram e pagaram perdemos tempo, dinheiro e fomos feitos de palhaços. Acho que nós deveríamos ganhar no ato da inscrição um nariz vermelho para usar no dia das provas. Isso dá um sentimento de impotência, raiva e desesperança para acreditar que um dia as coisas aqui vão ser mais justas.
Esse caso infelizmente parece não ser único em concursos da Universidade, pois já ouvi muitas pessoas reclamarem de outros que já foram realizados na mesma.
Tudo isso não fere a credibilidade da instituição Esalq, a qual é referência nas áreas de ensino e pesquisa. Apenas revela que algumas pessoas que fazem parte dela usufruem de uma instituição pública de respeito como se fosse um negócio particular.
OBS: Não há interesse aqui de denegrir e ferir a imagem e a pessoa a qual está relacionada com esse caso, pois o blog é apenas uma manifestação democrática de opiniões de minha autoria.
◦
Concurso Público da Esalq: Coincidências ou Carta Marcada?
31.3.08
A Imprensa é um partido político
"Dossiês"
O caso do suposto "dossiê" sobre os gastos de FHC e família é emblemático sobre a atuação da grande imprensa, especialmente a revista Veja, como um partido político apêndice dos partidos de oposição PSDB e DEM (ex-PFL). O vazamento das informações não se sabe de quem partiu e o porque, pois a imprensa não quer nem saber e sim quer usar isso para dar munição a oposição que estava em banho-maria na CPI dos Cartões. É muito estranho alguém do governo Lula vazar tais informações justamente pra Veja. A revista disse que o tal "dossiê" era para chantagear a oposição (coitadinhos , né?) mas não prova isso, pois apenas sugeriu que seria para isso. Pronto, já se tornou verdade factual e o resto da imprensa reverberou isso para os quatro cantos do mundo sem verificar e esperar para fazer análises mais isentas, mas isso é pedir muito. Acho que se há um dossiê, esse mesmo foi montado pela revista Veja, com direito a suborno de funcionários e tudo (estou testando uma hipótese, como faz o Ali Kamel da Globo). Uma revista que já tentou tornar verdade, mentiras como os dólares de Cuba, contas externas do presidente (a fonte era ninguém menos que Daniel Dantas) e mostrar o presidente na capa com a marca de um pé na bunda só faltou publicar que o Lula estava escondendo o Bin Laden no Brasil e que a Al-Qaeda financiou a campanha dele. É muito clara essa articulação perfeita entre oposição e imprensa e no caso da imprensa paulista, esta é ainda mais o braço direito desses partidos. Aqui em São Paulo, o governo do estado sob comando de Serra e a prefeitura de São Paulo a mando de Kassab são quase isentos de críticas e questionamentos. O Serra é o mais blindado e a colunista da Folha Eliane Catenhêde até ironizou que o Serra era injustamente "acusado" de ser o queridinho da imprensa, mas é a pura verdade, como mostra apenas esse exemplo da imagem da primeira página da Folha de hoje. Assim como no dossiê das ambulâncias não teve nenhum esforço da imprensa em apurar o conteúdo, o governador foi defendido fielmente por esta com um atestado de inocência. Fizeram tempestade no fato de o dossiê ter sido negociado pelo PT , só para mostrar Serra e seu partido como vítimas inocentes. Quem conhece a rotina de todos os partidos em época de eleições (e isso os jornalistas de política sabem muito bem) sabe que a quantidade de pessoas que tenham informações incômodas para os candidatos (geralmente lobistas descontentes, como foi o caso das ambulâncias) ou outras que acham que podem faturar atrás de minúcias e possíveis desvios de um candidato é enorme e os partidos têm equipes para analisar tais informações e o risco de usá-las nas campanhas. É do jogo político, como dizem alguns, mas quando a imprensa entra e joga de um lado só, ainda mais quando é a mídia hegemônica, fica difícil dos leitores e telespectadores formarem uma opinião equilibrada.
A Imprensa é um partido político
8.2.08
Barjismo
Como começou
O Barjismo começou quando Barjas Negri (PSDB) - ex-ministro da Saúde (governo FHC - 2002) e ex-presidente da CDHU (governo Alckmin - entre janeiro de 2003 e maio de 2004) - foi eleito prefeito de Piracicaba em 2004. As pesquisas eleitorais até três dias antes do primeiro turno ele aparecia em 3º lugar. Não sei como e porque uma pesquisa divulgada pelo principal jornal da cidade dois dias antes da votação foi publicada em primeira página a incrível alavancada do candidato ao segundo lugar nas pesquisas, inclusive com um desenho representando ele subindo e os outros dois candidatos descendo. Não questiono a veracidade da pesquisa, mas sim o porque de ter dado tanto destaque tão perto das eleições. Depois disso, houve um segundo turno onde tranquilamente ele se garantiu e ganhou as eleições. Teorias conspiratórias a parte continuemos.
A partir disso ele resolveu mostrar "trabalho" e com uma equipe muito esperta começaram a transformar a cidade em um canteiro de obras. Toda obra, por menor e insignificante que seja, que começa a ser realizada sempre há uma placa enorme anunciando como "obra social nº X". Tem até placa para construção de cancha de bocha. Uma ótima estratégia de marketing que ajudou a formar o Barjismo, pois há algum tempo a cidade não via tantas obras sendo executadas ao mesmo tempo.
Denúncias
Quando estourou o escândalo das sanguessugas o nome de Barjas foi citado várias vezes até em telejornais, mas por aqui teve repercussão discreta. A revista IstoÉ relatou a parceria do prefeito com o empresário Abel Pereira, onde este arrecadou dinheiro para campanha do tucano. Empresas ligadas ao empresário também levaram mais de 40% das obras realizadas na cidade até aquele momento e ele também tinha trâsito livre em Brasília quando Barjas Negri ainda era secretário-executivo de José Serra. Isso até outra denúncia na imprensa sobre o TCE (Tribunal de Contas do Estado) ter julgado irregular 102 contratos firmados na sua gestão e também outras 8 condenações por contratos ilegais firmados na prefeitura de Piracicaba, sendo uma delas com a construtora pertencente a família do empresário citado. Além disso, seu irmão, que já tinha sido exonerado da CDHU em 2001 por auditoria interna que apontou ele como participante de uma quadrilha que recomercializava unidades habitacionais construídas pelo Estado, foi reconduzido ao cargo por Barjas quando estava na presidência do órgão. Agora ele (o irmão) novamente foi afastado do cargo por denúncias do Ministério Público Estadual (MPE) que investiga um esquema milionário de corrupção na autarquia.
O Barjismo se estabelece
Voltando ao Barjismo, as obras foram ficando cada vez mais populares e ganhando grande aceitação principalmente da classe média piracicabana. As principais obras se concentraram nas de grande visibilidade sendo a maior parte no trânsito. Obras como a ponte do shopping, inúmeros semáforos (os quais praticamente pararam o trânsito), rotatórias reformuladas, abertura e reabertura de ruas foram as que mais ganharam destaque e também as placas que ajudaram a criar um clima de que constantemente a prefeitura esta fazendo algo. Como se vê a maioria das obras foram mais para garantir o conforto da população que possui carro. Já no transporte público muitas linhas de ônibus foram condensadas e fundidas em uma só e diminuiu muito os horários.
Diariamente em alguns veículos de imprensa da cidade há pessoas agradecendo o prefeito pelas obras e o enaltecendo de uma maneira que até sugeriram dar o nome dele a ponte do shopping, como se ele tivesse fazendo um favor e não uma obrigação. Alguns editoriais e articulistas enchem os jornais com elogios ao prefeito e minimizam tudo o que seja contra ele. As manifestações contrarias ao prefeito são poucas, mas pelo menos não são censuradas pela imprensa local. Ai entra o Barjismo.
Devido a tudo isso, as pessoas passaram a idolatrar Barjas Negri e todas as ações do seu governo. Sua imagem passou a ser de homem "trabalhador", "honesto" que acorda as 06 da manhã para fiscalizar obras e essas denúncias cairam no esquecimento.
Barjistas
Isso tudo deu origem aos barjistas, que ao verem o menor sinal de discordância e questionamento de qualquer pessoa contra o prefeito e suas ações, partem para a desqualificação moral e agressão verbal. Digo isso por experiência própria. As poucas vozes discordantes, como já citei, que se manifestam publicamente contra o consenso do barjismo é rebatido tanto pelos barjistas quanto pelos assessores e secretários da prefeitura.
Frases típicas dos barjistas: "você fala isso porque é petista", "o cara é o melhor prefeito que a cidade teve", "deixa o prefeito em paz e seguir seu trabalho" e outras pérolas. Se você insiste e começa a questionar muito e apresentar as denúncias contra ele, os barjistas começam a ficar sem argumentos e nervosos e é perigoso até partirem para agressão física. Quando questiona-se se há corrupção nessas centenas de obras (o que geralmente têm), os barjistas dão de ombro e assumem um tom meio malufista, pois dizem que o que interessa é que ele fez, ou seja, "rouba, mas faz".
A popularidade do prefeito é muito alta e o barjismo esta cada vez mais forte com a aproximação das eleições municipais. Barjas Negri será reeleito com ampla maioria e eu disse para alguns quando houve a falsa polêmica lançada pela mídia sobre o suposto terceiro mandato de Lula, que com toda essa euforia e adoração ao prefeito, parece que se ele tentasse um terceiro mandato depois, com certeza, iriam apoiá-lo.◦
Barjismo