27.8.12

Marighella - "Mil Faces de Um Homem Leal"

Acabei de ver o novo clipe do maior grupo de RAP do Brasil, Racionais MC´s, sobre o revolucionário Carlos Marighella e me surpreendi com a excelente música que o rapper Mano Brown, mais uma vez, conseguiu fazer. A letra e o clipe fazem uma conotação com as aspirações revolucionárias de Marighella com o cotidiano atual dos trabalhadores e pobres do Brasil. Mano Brown sintetizou muito bem esse espírito revolucionário de Marighella na letra e trouxe ao conhecimento não só do RAP, mas também de todos os marginalizados das periferias do país. 
Marighella foi personagem importante na luta armada contra a ditadura militar e até hoje desperta ódio e preconceito daqueles que até hoje apóiam o regime militar. Como todo opositor, ainda mais da luta armada, é tido como terrorista por estes incautos que apoiaram uma corja militar assassina e torturadora que tomou o poder ilegalmente em 1964 no Brasil. 
Para muitos ele pode parecer radical, mas ele lutou até o fim pelo justo e contra uma tirania, a qual conseguiu atrasar o país mantendo a desigualdade, injustiças, corrupção e violência que perduram até hoje. 
A música e o clipe (abaixo) fazem parte da trilha sonora do filme "Marighella" que ainda vai estrear em outubro de 2012 no Brasil. Confiram!

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9.8.12

O RAP contra a hipocrisia de Serra. E agora José?

O Rap no Brasil é ainda um estilo musical que segue sua essência que é a de contestar e denunciar o poder e os poderosos em geral. Não é a primeira vez que destaco aqui alguns rappers que conseguem traduzir em suas letras e rimas a realidade e aquilo que muitos queriam dizer e não conseguem. 
O vídeo abaixo é do rapper conhecido como Mamuti 011 e foi feito em resposta as mentiras do candidato à prefeitura pelo PSDB, José Serra. Ele partidarizou a conquista de espaço para o rap em um centro cultural dizendo que foi decisão dele. Isso motivou o protesto do rapper e daqueles que sabem que isso se trata de mais uma mentira de Serra e seu partido. Aliás, é sempre bom lembrar o histórico mentiroso de Serra, pois foi o mesmo que prometeu não deixar a prefeitura de São Paulo no meio do mandato e dois anos depois ele fez exatamente isso e se candidatou a eleição presidencial. É a obsessão pelo poder que faz de Serra um dos candidatos que joga mais sujo nas eleições, sempre contanto com o apoio da grande imprensa, principalmente a paulista. 
A música foi feita para contestar a versão do candidato e o autor também aproveitou e fez o clipe com várias comparações e caricaturas de Serra coletadas da internet. Em uma das figuras aparece Serra e Hitler lado a lado. A liberdade de expressão, ainda mais no rap, garante ao autor essas comparações. 
Pois bem, como estamos no meio do processo eleitoral, um site ligado à candidatura de Fernando Haddad (PT) disponibilizou o vídeo e por isso causou polêmica na imprensa, mas não devido à mentira de Serra e as críticas do rapper. A imprensa paulista, no caso a Folha de S.Paulo , alardeou devido a associação da imagem de Serra e Hitler e não sobre a mentira do candidato. Isso mostra o total engajamento político-partidário da Folha em trabalhar incessantemente pela candidatura Serra. É quase que um porta-voz do candidato, assim como o resto da grande imprensa brasileira. 
Com isso logo acusaram o PT de comparar Serra à Hitler. A polêmica deu no que Serra queria, que é sempre se fazer de vítima e através da imprensa aliada atacar seus adversários jogando a pecha neles de jogo sujo. Serra parece estar um pouco incomodado devido a sua alta rejeição mostrada nas últimas pesquisas e demonstra que não gosta de ser confrontado. E o pior é a polêmica ser apenas por uma imagem e não sobre o motivo que levou a música ser feita. 
Confiram o vídeo desse excelente rap do Mamuti 011.

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1.8.12

Resposta ao Governo do Estado

Parece que o governo estadual paulista não gostou das minhas críticas no meu último artigo sobre os nefastos pedágios do estado, o qual publicado no jornal A Tribuna Piracicabana. Abaixo está a reprodução do meu artigo e da resposta do governo do estado:
O Governo do Estado de São Paulo tenta, na resposta (01/08) ao meu artigo sobre os abusivos pedágios e o novo sistema de cobrança Ponto a Ponto, mais uma vez ludibriar os cidadãos paulistas. A assessoria do governo diz que o Ponto a Ponto não afetará os trechos urbanos das rodovias pedagiadas e vão fazer de tudo para os motoristas não serem mais lesados pelos pedágios. Devido ao histórico de promessas não cumpridas de todos os governadores tucanos, ainda mais na questão dos pedágios - como recentemente citei no texto anterior, onde Alckmin disse que revisaria os preços, mas o fez para cima – não se pode confiar na palavra do governo do estado. Esse mesmo governo também disse que não haveria pedágios no rodoanel e logo depois de inaugurado o encheu de praças de pedágio. Assim como pedagiaram as marginais da rodovia Castello Branco na região metropolitana de São Paulo, onde deixaram a população sem alternativas. 
Portanto, o que diz o governo do estado em relação aos pedágios não se leva a sério e por isso a relação com o personagem Pinóquio cai muito bem. Aliás, desrespeitoso é o governo paulista e seu líder prometerem e não cumprirem e, pior ainda, lesarem mais ainda o bolso dos contribuintes do estado. 
Sobre a arrecadação, no meu artigo escrevo o que é público e vergonhoso o total da arrecadação de R$ 6,8 bilhões pelas concessionárias do estado no ano passado. Com o novo sistema, poderá sim aumentar a arrecadação se houver a cobrança nos trechos urbanos, pois devido ao histórico mentiroso desse governo, o que se espera é que a sanha privatista dos tucanos beneficie mais uma vez somente as concessionárias. A falácia da diminuição do preço no sistema novo esconde a política subserviente deste governo em relação aos grupos que controlam os pedágios, pois deixaram os preços subirem a níveis estratosféricos para depois enganar e dizer que agora está “barato”, mas que na verdade continuam caros. 
As minhas críticas tem viés partidário sim, pois como escrevi, a proliferação descontrolada de pedágios é política de governo do PSDB, o qual faz questão de elaborar contratos que beneficiam as concessionárias e lesam os paulistas. E tem o agravante de o mesmo partido estar no poder aqui no estado há quase 20 anos e que durante todo esse tempo só se importa com o bolso cheio dos empresários que controlam essas concessionárias. Mas faço as críticas como cidadão comum que exerce o direito a liberdade de expressão e não como militante partidário.

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