Esse é o trailer de um documentário chamado “Cidadão Boilesen” que mostra a cooperação financeira e física que o industrial dinamarquês naturalizado brasileiro Henning Boilesen deu aos torturadores e assassinos da ditadura militar brasileira. O filme é dirigido por Chaim Litewski, o qual fez um trabalho minucioso com entrevistas, trechos de filmes e outros recursos para traçar o perfil sádico desse empresário, o qual foi assassinado pela guerrilha em 1971. Isso revela como a ditadura obteve apoio de alguns empresários, tanto pela simpatia ao regime quanto pela coerção. No caso de Boilesen, ele se aproximou do regime e arrecadou fundos de outros empresários para sua sanha anticomunista na época, tanto que participava das sessões de tortura e ainda ajudou a sofisticar os métodos de tortura do DOI-Codi. Outros empresários também foram entusiastas e colaboracionistas do regime e também estavam marcados para morrer como: Pery Igel (dono do grupo Ultra) e Sebastião Camargo (fundador da empreiteira Camargo Corrêa).
O golpe de 1964 foi uma tragédia na história do Brasil, pois solapou as instituições democráticas e torturou e assassinou aqueles que achavam ser “subversivos” ou colaboracionistas destes. Além de fazer alianças com outras ditaduras sul-americanas através da Operação Condor, a qual resultou entre tantos assassinatos, na morte do presidente deposto João Goulart (Jango). Mas o golpe militar brasileiro não foi um clamor da sociedade como dizem alguns que querem reescrever a história com essa falácia, os mesmos que agora tentam dar legitimidade ao golpe em Honduras. Documentos secretos dos EUA liberados há pouco tempo revelaram que o golpe foi financiado pela CIA e apoiado militarmente pelo país. Lógicamente tudo isso se deu no clima da guerra fria. O embaixador Dr. Gordon em 1976 admitiu que o governo norte-americano estava pronto para intervir militarmente no país, caso a esquerda alcançasse o poder. Por isso, sem o apoio dos EUA o golpe de 64 não existiria.
29.12.09
O empresariado nacional e a ditadura brasileira
22.12.09
Papai Noel velho batuta

Para não dizer que não entrei no "espírito natalino", posto esse vídeo de uma canção linda de natal. Essa bela música é da banda punk Garotos Podres e a letra é bem sarcástica, assim como todas as letras deles. Confiram:
21.12.09
Democratização do meios de comunicação e a Confecom

No campo político é óbvio e claro o partidarismo e engajamento político da grande imprensa em favorecer alguns políticos, como estão fazendo com o José Serra, e alguns partidos, como o PSDB, por exemplo. No espectro ideológico são identificados com a direita e até a extrema-direita (caso da revista Veja) e com isso fazem uma “seleção” de notícias e censuram aqueles que não pensam da mesma maneira. Mas perante a opinião pública dizem que são “imparciais”, “ a favor do Brasil”, “com rabo preso com o leitor” dentre outras mentiras. Não há diversidade de opinião na grande imprensa, assim como não há debate com posições antagônicas (com raras exceções), mas apenas um monólogo e um discurso único. A verdade factual e apuração dos fatos, que são essenciais na prática de um verdadeiro jornalismo, passam longe das reportagens da mídia empresarial. Ainda na política, os principais meios de comunicação se tornam verdadeiros partidos políticos atuando como apêndice ou até liderando setores empresariais e políticos contra seus adversários. No campo empresarial, um exemplo didático é a defesa por parte da mídia do banqueiro condenado Daniel Dantas, pois esse tem boa parte desta trabalhando a seu favor e consegue angariar setores do governo e oposição.
Os empresários da comunicação reclamam do governo, mas querem que as gordas verbas de publicidade pública sejam destinadas somente à eles. O governo Lula fez certo ao desconcentrar a verba que era quase que inteiramente destinado a grande imprensa e afiliados, pois não alterou a quantia de dinheiro e distribuiu esse para diversos ramos e veículos menores da comunicação. Lógicamente que a mídia chiou e acusou o governo de “financiar” os que eram supostamente favoráveis ao governo e que isso era tentativa de “asfixiar” o “jornalismo independente”. Não sei de onde tiram esse tal “independente”. Quando isso não basta, começam a dizer também que o governo quer calar a imprensa, inclusive com a convocação da Confecom. Já é um discurso batido que não corresponde aos fatos e muito menos a realidade. São pretextos falsos para esses grupos fazerem alarde com aquilo que eles acham que é certo. Uma prova disso é que seis entidades patronais do setor de comunicação abandonaram a Confecom: Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de TV por Assinatura, Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil, Associação Nacional dos Editores de Revistas e Associação Nacional de Jornais (ANJ). Alegaram o bla bla bla de sempre dizendo que a Confecom era jogo marcado e dominado por sindicalistas, terceiro setor e governo. Pura mentira para não ter que dialogar e ser criticada durante a conferência, pois os grupos de trabalhos (GT) foram assim divididos:
1) Sociedade civil tem 40% dos delegados e poderá aprovar 4 propostas em cada GT
2) Empresários têm 40% dos delegados e poderão aprovar 4 propostas em cada GT
3) Poder público tem 20% dos delegados e poderá aprovar 2 propostas em cada GT
Isso revela a face autoritária e antidemocrática dos empresários, pois eles acham que somente eles têm o direito de decidir sobre o setor. Dizem defender a liberdade de imprensa, mas no fundo querem somente a liberdade de empresa.
A sociedade poderá perceber os frutos dessa conferência quando: não tiver mais somente 4 ou 5 canais para assistir na TV aberta; não tiver que agüentar canais com pastores evangélicos dia e noite pregando nos poucos canais que restam; puder assistir diferentes jogos de futebol em canais diferentes; não ver a mídia local ou regional nas mãos de políticos da sua cidade; puder ter uma programação televisa diversa no domingo sem ter que optar entre Faustão ou Gugu, quando as opiniões de leitores que discordam da revista ou do jornal forem publicadas ou de ver debates com pessoas com pontos de vistas contrários, ouvir rádios comunitárias que não precisem ficar na clandestinidade, puder ouvir rádios sem o jabá, etc. Será que existe alguém que gosta dessas situações?
Tudo isso poderá mudar com a Confecom por isso ela é importantíssima para a democratização dos meios de comunicação. Para isso deve contar com todos os setores dialogando e tentando chegar a consensos mínimos para garantir a verdadeira liberdade de imprensa e de expressão. Isso poderá levar a sociedade brasileira a mudar, questionar e não ter medo de fazer isso. É uma oportunidade que não deve ser desperdiçada, mas sim ampliada e ser um instrumento de toda a sociedade e não apenas uma pequena parte desta.
Democratização do meios de comunicação e a Confecom
19.12.09
Manifestação a favor do câncer de pele

Manifestação a favor do câncer de pele
8.12.09
Arrependimento de um Ex-direitista

Enfim, esse artigo rendeu muitos comentários no site e boa parte deles defendendo o guru. Eis que, há dois meses, recebo um e-mail de um desses que criticaram o artigo e defenderam o “esgoto”, o qual reproduzo aqui mantendo o nome dele em sigilo:
“Meu caro João,
Chamo-me ####### ###### ##### e, certa vez, escrevi um comentário a respeito de um texto de tua autoria, que tratava do Reinaldo Azevedo. Se não me engano, Reinaldo Azevedo: Pit-bull de extrema direita. Então, à epoca, eu, ingenuamente, era afinado com os ditames a direita (pois é, coisas da juventude). Escrevi coisas elogiosas ao senhor Reinaldo, esse pit-bull de extrema direita, e, automaticamente contra a Esquerda. Enfim, o que acontece hoje é que não tenha a menor afinidade com a direita, muito menos com reinaldo azevedo, sujeito que me decepcionou muito, assim como qualquer direitista. Entrei na Faculdade de Jornalismo e, incrível, minha mente abriu. Então, como se você colocar meu nome no google, vai aparece lá , na página do CMI Brasil, meu cometário associado ao nome de reinaldo azevedo. Aquilo me entristece muito. Ter meu nome associado ao dele, me entristece muito. Gostaria de saber se você tem como me ajudar a tirar meu comentário, que está postado no fórum CMI Brasil. Aquilo é uma mácula no currículo de qualquer um.
Aguardo resposta.
Abraço.”
Isso me surpreendeu, pois é muito comum ver ex-esquerdistas transformarem-se nos reacionários mais extremos. Isso ocorre, pois é muito mais fácil ser de direita, pois para isso é só aceitar todos os preconceitos existentes e acha-los normais, generalizar tudo e ver as relações sociais, econômicas e políticas de maneira simplista. É assim que a maior parte da direita age, ou melhor, agem por instinto. Por isso que sempre brinco dizendo que os súditos do blog do pit-bull da extrema-direita são os poodles adestrados que apenas repetem o que ele acha.
Para terminar, mandei e-mail agradecendo á ele e perguntei o porque dessa desilusão com o guru. Eis a resposta:
“Beto, a decepção veio em vários aspectos. Não cabe elencar. Por motivos muito importantes e particulares, não posso expor meu nome.Esse é um dos motivos para eu tentar tirar aquele texto do CMI, além da desonra de ter meu nome associado "àquele".”
Portanto, é assim que as pessoas quando adquirem senso crítico e começam a enxergar as manipulações mentirosas desses “formadores de opinião” da grande imprensa brasileira se sentem: com vergonha de ver seus nomes associados aos desses trogloditas.
OBS: O desenho acima representa bem o guru esgoto que cito no texto.
Arrependimento de um Ex-direitista
1.12.09
O filho de FHC: pesos e medidas diferentes


Lembro que apenas a revista Caros Amigos denunciou o fato e pra quem eu dizia isso, achavam que era teoria da conspiração, pois como sempre afirmo se não sai na Veja ou não passa no Jornal Nacional, então não é verdade.
O caso ocorreu quando FHC era senador em 1992 e já era casado com Dona Ruth, a qual ficou mal nessa história, mesmo que pos-mortem. A repórter-mãe do filho de FHC foi “exilada” fora do país pela Globo. Nas eleições para a sua presidência, FHC amigo das famiglias que formam o oligopólio da imprensa brasileira, conseguiu o silêncio destes. Parece que o próprio Lula não deixou isso ser usado politicamente nas suas campanhas contra FHC. Alguns dizem ainda que a mídia cobrou FHC depois quando ele aprovou emenda constitucional permitindo a entrada de até 30% de capital estrangeiro nas mídias brasileiras, após a desvalorização do real.
Agora algumas perguntas: Por que a Globo defendia que o caso da filha do Lula era de interesse público e o filho do FHC não? Imaginem se a repórter da Globo resolvesse escancarar o negócio e fazer algo parecido como que fez a jornalista Mônica Velloso? Com certeza, FHC não seria eleito, pois ele teve até que mentir e dizer na época que não era mais ateu, pois sabia que essas coisas influenciam (infelizmente) na eleição. Prova disso é o caso da Marta Suplicy que ficou estigmatizada por ter se divorciado do marido e casado com outro, o que influenciou na sua derrota para a prefeitura na época.
No caso Renan Calheiros, o qual foi aliado de FHC e também líder do seu governo, foi relevado que um lobista pagava a pensão do filho dele. Quem pagava a pensão do filho do FHC? Até agora a imprensa não se debruçou sobre isso e nem vai faze-lo, pois no caso do Renan o que importava era atingir o governo Lula custasse o que for. Por que Renan Calheiros nunca foi incomodado pela imprensa quando era aliado de FHC? O pior é que mesmo agora com FHC reconhecendo o filho, a mídia está tentando retrata-lo como um “pai pródigo”, o qual visitava o fiho uma vez por ano e até foi na sua formatura. Que história linda! Sem contar que há o caso da filha "oficial" de FHC que era empregada no gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM, ex-PFL), recebia 7 mil reais por mês e não comparecia no gabinete. Sobre isso também nenhum alarde da mídia e nem aqueles moralistas de plantão falaram algo sobre o assunto. É o peso e medidas diferentes que a imprensa brasileira usa todos os dias nos assuntos políticos do país. A balança sempre pende favoravelmente para o lado tucano. Por que será?
Para demonstrar esse total engajamento político da grande mídia tupiniquim destaco uma ótima observação do jornalista Luiz Antonio Magalhães no seu blog Entrelinhas sobre a manchete do sábado (14/11/09) do portal UOL, que é parceiro da Folha de S. Paulo:
“Rodoanel (SP): Petistas usam acidente para atacar José Serra”
Aliás, o Serra mesmo depois desse acidente, autorizou cobrar pedágio no Rodoanel! Esses tucanos devem ter algum fetiche com pedágio, não é possível. Ou será que os pedágios são uma grande fonte de caixa dois do partido?
Agora pergunto: Alguém viu alguma manchete dizendo : “Apagão: Tucanos usam blecaute para atacar Dilma Roussef”?
Com certeza não, pois a campanha eleitoral já começou e a imprensa participa ativamente do jogo político e age como assessores do candidato José Serra. É a Organizações Serra em ação tentando (mas não consegue) fazer uma imagem ruim do Brasil enquanto a imprensa séria lá fora como a The Economist, traz capa dizendo que o Brasil decola.
O filho de FHC: pesos e medidas diferentes
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