A foto acima demonstra bem a prioridade do governo Alckmin com a educação no estado de São Paulo. Pode faltar até papel higiênico nas escolas, mas exemplares dessas revistas e jornais da mídia chapa branca do PSDB não. Se bem que, no caso da Veja, suas folhas até poderiam servir pra isso.
Desde 2014, o “nobre” governador cortou verbas da educação relacionadas como limpeza, materiais escolares e obras nas escolas. Sem contar as salas que foram fechadas, orientadores pedagógicos cessados e uma série de mudanças na rotina escolar visando “economizar”, mas que pioraram o que já era difícil e ruim para todos os profissionais da educação estadual. No estado mais rico da nação, um governador tomar esse tipo de atitude é vergonhoso. Porém, mais vergonhoso foi a forma como ele e seu secretário (Herman) ignoraram a greve dos professores, que durou 92 dias, e agiram covardemente ao descontar o salario dos grevistas. As reinvindicações não eram só em relação à reposição salarial, mas também pela melhoria das condições de trabalho, as quais continuam sendo justas e urgentes. Apesar disso, o governo tucano paulista sequer abriu negociações com a categoria, mostrando total desprezo com a educação no estado.
Volto à foto acima: Alckmin, assim como todo político de destaque do PSDB, tem o apoio da grande imprensa brasileira, em especial, a paulista. Os editoriais dos dois jornalões paulistanos – Folha de S. Paulo e Estado de S.Paulo – procuraram atacar os professores grevistas apoiando a tese mentirosa do governo tucano de que a greve era só política. Ora, quando ocorre em ano eleitoral dizem a mesma coisa e agora que não, tentaram mesmo assim tergiversar e dizer que foi tudo armação do PT. Aproveitaram também o momento de extrema radicalização antipetista e desmereceram a greve e as reinvindicações. Pois bem, essa relação extremamente amigável da mídia paulista com Alckmin tem outro agravante, não é só porque ideologicamente são iguais. Envolve cifras milionárias direto da educação para o bolso dos donos desses grandes veículos de comunicação bem representados na foto. Desde quando José Serra era governador, este presenteou essa imprensa marrom com a assinatura milionária de suas principais publicações para serem distribuídas nas escolas, as quais foram renovadas até então. As publicações representadas na foto são das editoras: Globo (revista Época), Abril (revista Veja) e Brasil 21 Ltda (revista IstoÉ). Estas publicações junto com os jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo ganharam quase R$ 45 milhões de dinheiro público da educação entre o final de 2009 e 2014, segundo levantamento feito pelo blog NaMariaNews.
Não é à toa que a precária situação da educação no estado de São Paulo é sempre descolada das ações do governo estadual quando são noticiadas. A greve não ganhou o destaque nacional merecido e por aqui, algumas reportagens foram feitas, mas todas com pouco destaque. Só foi destaque quando alguns professores grevistas tentaram entrar no prédio da secretaria da educação e dai com intuito de taxar os grevistas como vândalos, ganharam a primeira página dos jornalões. Nas reportagens televisivas é pior, pouco se ouve os professores e dão destaque aos membros do governo estadual, nunca a algum deputado de oposição da Assembleia Legislativa. Se Alckmin e a secretaria diz que “deu” milhões em bônus (uma enganação) e infla os salários da categoria, essa mídia repercute quase que sem questionar. Muitos chegaram a achar que um professor estadual paulista ganhava mais de R$ 4 mil por mês quando, na verdade, com carga completa de aulas, chega a pouco mais de R$ 2 mil.
A questão salarial é muito importante, embora muitos achem bobagem e não comparam os professores com outras categorias com nível superior. No Brasil, segundo o IBGE, a média salarial de trabalhadores com nível superior é de R$ 4.726,21, enquanto que os docentes recebem só 57% disso, ou seja, a média de R$ 2.711,48. No estado de São Paulo, é até mais baixo, R$ 2.415,89, sendo, repito, o estado mais rico do país. Sem contar que os estados, responsáveis pela educação básica, usam artifícios como as gratificações para aumentar um pouco os salários, mas ainda muito baixo.
É consenso, principalmente durante as eleições, de que a educação é essencial para o desenvolvimento do país, mas quando os professores fazem greve para reivindicar condições de trabalho e salário justos, são ignorados e a sociedade acaba também corroborando com isso. Em São Paulo, isso é pior ainda, pois com esse conluio entre a grande imprensa paulista e o governo estadual compromete também a informação que chega, muitas vezes distorcida, a população. Mesmo depois que Dilma, no discurso de posse, lançou o lema de “pátria educadora”, a mídia sabe que não dá pra jogar toda a situação ruim da educação nas costas dela, embora tentem de tudo. Assim, parece que a situação da educação, principalmente no estado de São Paulo, é invisível.
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Desde 2014, o “nobre” governador cortou verbas da educação relacionadas como limpeza, materiais escolares e obras nas escolas. Sem contar as salas que foram fechadas, orientadores pedagógicos cessados e uma série de mudanças na rotina escolar visando “economizar”, mas que pioraram o que já era difícil e ruim para todos os profissionais da educação estadual. No estado mais rico da nação, um governador tomar esse tipo de atitude é vergonhoso. Porém, mais vergonhoso foi a forma como ele e seu secretário (Herman) ignoraram a greve dos professores, que durou 92 dias, e agiram covardemente ao descontar o salario dos grevistas. As reinvindicações não eram só em relação à reposição salarial, mas também pela melhoria das condições de trabalho, as quais continuam sendo justas e urgentes. Apesar disso, o governo tucano paulista sequer abriu negociações com a categoria, mostrando total desprezo com a educação no estado.
Volto à foto acima: Alckmin, assim como todo político de destaque do PSDB, tem o apoio da grande imprensa brasileira, em especial, a paulista. Os editoriais dos dois jornalões paulistanos – Folha de S. Paulo e Estado de S.Paulo – procuraram atacar os professores grevistas apoiando a tese mentirosa do governo tucano de que a greve era só política. Ora, quando ocorre em ano eleitoral dizem a mesma coisa e agora que não, tentaram mesmo assim tergiversar e dizer que foi tudo armação do PT. Aproveitaram também o momento de extrema radicalização antipetista e desmereceram a greve e as reinvindicações. Pois bem, essa relação extremamente amigável da mídia paulista com Alckmin tem outro agravante, não é só porque ideologicamente são iguais. Envolve cifras milionárias direto da educação para o bolso dos donos desses grandes veículos de comunicação bem representados na foto. Desde quando José Serra era governador, este presenteou essa imprensa marrom com a assinatura milionária de suas principais publicações para serem distribuídas nas escolas, as quais foram renovadas até então. As publicações representadas na foto são das editoras: Globo (revista Época), Abril (revista Veja) e Brasil 21 Ltda (revista IstoÉ). Estas publicações junto com os jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo ganharam quase R$ 45 milhões de dinheiro público da educação entre o final de 2009 e 2014, segundo levantamento feito pelo blog NaMariaNews.
Não é à toa que a precária situação da educação no estado de São Paulo é sempre descolada das ações do governo estadual quando são noticiadas. A greve não ganhou o destaque nacional merecido e por aqui, algumas reportagens foram feitas, mas todas com pouco destaque. Só foi destaque quando alguns professores grevistas tentaram entrar no prédio da secretaria da educação e dai com intuito de taxar os grevistas como vândalos, ganharam a primeira página dos jornalões. Nas reportagens televisivas é pior, pouco se ouve os professores e dão destaque aos membros do governo estadual, nunca a algum deputado de oposição da Assembleia Legislativa. Se Alckmin e a secretaria diz que “deu” milhões em bônus (uma enganação) e infla os salários da categoria, essa mídia repercute quase que sem questionar. Muitos chegaram a achar que um professor estadual paulista ganhava mais de R$ 4 mil por mês quando, na verdade, com carga completa de aulas, chega a pouco mais de R$ 2 mil.
A questão salarial é muito importante, embora muitos achem bobagem e não comparam os professores com outras categorias com nível superior. No Brasil, segundo o IBGE, a média salarial de trabalhadores com nível superior é de R$ 4.726,21, enquanto que os docentes recebem só 57% disso, ou seja, a média de R$ 2.711,48. No estado de São Paulo, é até mais baixo, R$ 2.415,89, sendo, repito, o estado mais rico do país. Sem contar que os estados, responsáveis pela educação básica, usam artifícios como as gratificações para aumentar um pouco os salários, mas ainda muito baixo.
É consenso, principalmente durante as eleições, de que a educação é essencial para o desenvolvimento do país, mas quando os professores fazem greve para reivindicar condições de trabalho e salário justos, são ignorados e a sociedade acaba também corroborando com isso. Em São Paulo, isso é pior ainda, pois com esse conluio entre a grande imprensa paulista e o governo estadual compromete também a informação que chega, muitas vezes distorcida, a população. Mesmo depois que Dilma, no discurso de posse, lançou o lema de “pátria educadora”, a mídia sabe que não dá pra jogar toda a situação ruim da educação nas costas dela, embora tentem de tudo. Assim, parece que a situação da educação, principalmente no estado de São Paulo, é invisível.