O embate político no Brasil se radicalizou e a imprensa se tornou de vez um partido político (PIG) engajada juntamente com a oposição contra o governo Lula e sua candidata, Dilma Roussef. Isso já é fato e qualquer um com o mínimo de senso crítico percebe isso. A imprensa e seus donos sempre foram ligados ao poder e tiveram muitos privilégios devido á isso. Radicalmente alinhada à direita, a grande imprensa brasileira participou ativamente do golpe de 1964 e agora está na linha de frente da tropa de choque como cabo eleitoral do PSDB e seu candidato Serra. Aliás, finalmente o Estadão assumiu isso, mesmo que tardiamente e todos já sabiam da militância do jornal em favorecer Serra e os tucanos.
A direita no Brasil hoje é majoritariamente representada pelo PIG e seus trogloditas que babam na TV, jornal, revistas (não preciso nem dizer qual...) e blogueiros de esgoto. Aliás, a direita daqui já está no nível baixo da direita norte-americana, a qual chega ao cúmulo de duvidar se Obama é nascido nos EUA e o tacham de terrorista muçulmano esquerdista. Já os direitóides tupiniquins já chamam a candidata Dilma de “terrorista” e agora tentam fazer um falso alarde sobre o cerceamento da liberdade de expressão e imprensa.
Mas ainda há uma direita sensata e coesa que procura debater sem ataques rasteiros e sujos, como vêm acontecendo nessas eleições. O ex-governador de São Paulo pelo PFL (atual DEM), Cláudio Lembo, é um exemplo. Ele ficou conhecido por reconhecer que o Brasil possui uma “minoria branca muito perversa” e seleciono um trecho dessa entrevista que ele declarou isso:
A direita no Brasil hoje é majoritariamente representada pelo PIG e seus trogloditas que babam na TV, jornal, revistas (não preciso nem dizer qual...) e blogueiros de esgoto. Aliás, a direita daqui já está no nível baixo da direita norte-americana, a qual chega ao cúmulo de duvidar se Obama é nascido nos EUA e o tacham de terrorista muçulmano esquerdista. Já os direitóides tupiniquins já chamam a candidata Dilma de “terrorista” e agora tentam fazer um falso alarde sobre o cerceamento da liberdade de expressão e imprensa.
Mas ainda há uma direita sensata e coesa que procura debater sem ataques rasteiros e sujos, como vêm acontecendo nessas eleições. O ex-governador de São Paulo pelo PFL (atual DEM), Cláudio Lembo, é um exemplo. Ele ficou conhecido por reconhecer que o Brasil possui uma “minoria branca muito perversa” e seleciono um trecho dessa entrevista que ele declarou isso:
“Folha - O que o senhor pode dizer para um jovem de 15 a 24 anos, que vive em ambientes violentos da periferia? Que ele vai ter escola? Saúde? Perspectivas de emprego? Como afastá-lo de organizações criminosas como o PCC?
Lembo - Acho que você tem duas situações muito graves: a desintegração familiar que existe no Brasil, e a perda... Eu sou laico, é bom que fique claro para não dizerem que sou da Opus Dei. Mas falta qualquer regramento religioso. O Brasil está desintegrado e perdeu seus valores cívicos. É ridículo falar isso mas o Brasil só acredita na camisa da seleção, que é símbolo de vitória. É um país que só conheceu derrotas. Derrotas sociais...Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa.
Folha - Que ficou assustada nos últimos dias.
Lembo - E que deu entrevistas geniais para o seu jornal. Não há nada mais dramático do que as entrevistas da Folha [com socialites, artistas, empresários e celebridades] desta quarta-feira. Na sua linda casa, dizem que vão sair às ruas fazendo protesto. Vai fazer protesto nada! Vai é para o melhor restaurante cinco estrelas junto com outras figuras da política brasileira fazer o bom jantar.
Folha - Tomar conhaque de R$ 900 [preço de uma única dose do conhaque Henessy no restaurante Fasano].
Lembo - Nossa burguesia devia é ficar quietinha e pensar muito no que ela fez para este país.”
Quem quiser ler toda a entrevista, clique aqui.
Lembo - Acho que você tem duas situações muito graves: a desintegração familiar que existe no Brasil, e a perda... Eu sou laico, é bom que fique claro para não dizerem que sou da Opus Dei. Mas falta qualquer regramento religioso. O Brasil está desintegrado e perdeu seus valores cívicos. É ridículo falar isso mas o Brasil só acredita na camisa da seleção, que é símbolo de vitória. É um país que só conheceu derrotas. Derrotas sociais...Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa.
Folha - Que ficou assustada nos últimos dias.
Lembo - E que deu entrevistas geniais para o seu jornal. Não há nada mais dramático do que as entrevistas da Folha [com socialites, artistas, empresários e celebridades] desta quarta-feira. Na sua linda casa, dizem que vão sair às ruas fazendo protesto. Vai fazer protesto nada! Vai é para o melhor restaurante cinco estrelas junto com outras figuras da política brasileira fazer o bom jantar.
Folha - Tomar conhaque de R$ 900 [preço de uma única dose do conhaque Henessy no restaurante Fasano].
Lembo - Nossa burguesia devia é ficar quietinha e pensar muito no que ela fez para este país.”
Quem quiser ler toda a entrevista, clique aqui.

Agora o mais recente texto de Cláudio Lembo diz sobre o atual momento das eleições e a irracionalidade e perversidade da direita em jogar tão baixo nesse momento. Vale a pena ler esse artigo:
“Tempo de refletir
Cláudio Lembo
De São Paulo
Nesta segunda feira, cada eleitor poderá dizer: no domingo, as eleições. A campanha cívica aproxima-se de seu final. Todos os segmentos sociais e todas as idéias políticas tiveram seu espaço.
Nunca tantos partidos de esquerda ofereceram seus posicionamentos. Raras vezes, como nesta campanha, a direita mostrou todo o seu furor. Reuniu-se em pequenos grupos. Criou falsos temores.
A democracia conviveu com todos os antagonismos de forma serena e superior. Os grandes setores sociais mostraram-se críticos, sem provocar qualquer extremismo.
Um colégio eleitoral ativo, imenso como o brasileiro, tem conferido exemplos de pleno respeito aos princípios políticos democráticos. Tudo foi argüido contra este ou aquele candidato.
A sociedade assistiu impassível às múltiplas insinuações e às desconfortáveis situações. Recolheu todos os elementos em sua consciência. No próximo domingo, concederá seus votos, nos candidatos aos vários cargos eletivos, com a certeza de quem recolheu elementos para uma decisão qualificada e nítida.
Se alguma comparação fosse possível - as comparações em política sempre se apresentam insatisfatórias -, a campanha, que ora chega ao seu final, aproxima-se daquelas dos anos cinqüenta.
De um lado, um líder popular, como Getúlio naquela época, e de outra parte pequenos segmentos urbanos, politicamente marginalizados, na busca de criar imagens artificiais e, pois, sem conexão com a realidade.
A diferença básica, entre os anos cinqüenta e esta primeira década do século XXI, é a expressiva ausência de repercussão dos posicionamentos de direita no cenário político.
Por paradoxal que pareça, as personagens atuais da direita brasileira são as mesmas que combateram o nativismo dos anos sessenta, que levou a construção de grandes obras de infra-estrutura.
Não se conforma, a direita, em perder privilégios e constatar que a sociedade, desde a democratização, movimentou-se e avançou para tornar os brasileiros mais iguais, apesar das imensas diferenças ainda existentes. Aqui, como em toda a parte, a direita sempre se mostra irracional, perversa e sem nítidos posicionamentos. Quer uma ordem sem espaços para a vida. Uma lei sem possibilidades iguais para todos.
Felizmente, os pequenos movimentos de direita, apesar das muitas ampliações de suas falas, não atingiram o fundamental: a estabilidade das instituições.
Apesar das escaramuças verbais, a economia manteve-se sólida e confiante. As pessoas foram e retornaram para seus locais de trabalho com a normalidade da rotina do cotidiano.
Os meios de comunicação - agora incluída a internet e os demais veículos eletrônicos - mantiveram-se ativos e alguns contundentes. Nada foi cerceado, sequer por meio do Judiciário.
Esta semana é a última etapa de um processo eleitoral exitoso. Um exemplo para quem pretenda aprender democracia. Resta, agora, esperar o voto do eleitor. Ele apontará o melhor para a sociedade.
Os brasileiros, em todas as ocasiões, quando foram chamados a escolher o presidente da República, sempre o fizeram de acordo com as circunstâncias e com as necessidades sociais do momento.
Não será diferente nesta oportunidade. Os candidatos colocados à disposição do eleitor contam com posicionamentos bem definidos e histórias de vida repletas. Dignas de respeito.
O eleito terá pela frente, entre as tarefas rotineiras de dirigir o Estado, a missão de reconstruir as estruturas legais que suportam a vida dos partidos políticos.
Os processos de redemocratização conduzem ao aparecimento de múltiplas legendas. As democracias estáveis exigem a racionalização do quadro partidário.
A economia vai bem. Basta continuar na trilha traçada. Os costumes partidários vão mal. Exigirão atenção, cuidado e sensibilidade do futuro presidente da República.
Na hora de votar, é preciso lembrar esta exigência do nosso quadro partidário. Como está, não pode ficar.
Cláudio Lembo é advogado e professor universitário. Foi vice-governador do Estado de São Paulo de 2003 a março de2006, quando assumiu como governador.”
O artigo original está no site do Terra aqui.◦